O brasileiro vai se vacinar contra o coronavírus, independentemente da marca da vacina. É o que mostra a 4ª edição da pesquisa Os brasileiros, a pandemia de covid-19 e o consumo, da Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Instituto FSB.
De acordo com os resultados, 90% da população quer se vacinar mesmo que seu imunizante de preferência não esteja disponível. O levantamento mostra que 43% até gostariam de escolher, no estilo “sommelier de vacina”, mas apenas 9% dizem que deixariam de se vacinar caso o imunizante oferecido não fosse o de sua preferência.
Foram entrevistadas 2.000 pessoas nos 26 estados e no Distrito Federal, entre 12 e 16 de julho de 2021.
Na população, 71% afirmaram não ter marca preferida, 19% têm preferência, mas não deixariam de tomar a vacina, e apenas 4% disseram que têm preferência por um fabricante e, por isso, deixariam de se vacinar caso o imunizante disponível não fosse o desejado.
A pesquisa mostra a relação direta entre vacina e aquecimento da atividade econômica. A começar pelo medo em relação à pandemia, que vem diminuindo. Nesta rodada da pesquisa, 47% dos brasileiros afirmaram ter medo grande ou muito grande do coronavírus. No fim de abril, esse percentual era de 56%. A população também está mais confiante em voltar a frequentar estabelecimentos comerciais.
Entre abril e julho, intervalo de três meses entre uma edição e outra da pesquisa, o percentual de brasileiros que consideram grave a situação da pandemia de covid-19 no Brasil caiu de 89% para 72%. O medo é menor devido à percepção de que a mortalidade da pandemia diminuiu muito com o avanço da vacinação.
A sensação de desaceleração no número de casos e mortes também levou a uma sensível melhora na percepção da população em relação à economia. Em abril, apenas 18% dos brasileiros achavam que a economia brasileira tinha iniciado sua recuperação. Hoje, são 43%.
FONTE: EXAME