Na última semana, o Ministério da Saúde revisou a recomendação de vacinação de adolescentes contra a covid-19. Em nota técnica publicada na quarta-feira, 15, o ministério passou a recomendar a vacinação apenas para os adolescentes entre 12 e 17 anos que tenham deficiência permanente, comorbidades ou que estejam privados de liberdade.
Apesar da recomendação, Minas Gerais decidiu, após consultar especialistas, que todas as faixas etárias e grupos vão receber as doses da vacina. O médico infectologista da Santa Casa de Barbacena, Herbert Fernandes, afirma que a decisão do Ministério da Saúde não tem respaldo científico. Ele conta ainda que todas as entidades sanitárias do mundo estão vacinando adolescentes de 12 a 17 anos com a única vacina que está aprovada para essa faixa etária, a Pfizer. “Uma ponderação que a gente tem que fazer é que existem alguns países que não conseguiram vacinar nem seus profissionais de saúde ainda. Se o Brasil tem vacinas, ele tem que vacinar.”
Apesar da recomendação de suspensão, algumas cidades, assim como Barbacena, haviam vacinado alguns adolescentes como grávidas e puérperas. O infectologista explica que não há necessidade de se preocupar. “A vacina é segura. Obviamente há chance de efeitos colaterais, mas independente de comorbidade e faixa etária, qualquer medicação tem efeito colateral. No caso das vacinas, as chances de efeitos colaterais graves são muito baixas. Todos os estudos publicados até agora tem apenas um único resultado: a recomendação de vacinação”, alerta.
O médico reafirma a importância da vacinação. Segundo ele, os pais não devem esperar para vacinar seus filhos e assim que houver imunizantes disponíveis, devem levar seus filhos para se imunizarem.
Minas Gerais informou que a Anvisa reafirmou a segurança da vacina para os adolescentes e que “o que depende agora é o envio de mais vacinas para iniciar a imunização deste grupo”.
Em Barbacena, no dia 16, a Prefeitura emitiu nota informando que a cidade seguirá a nota do Ministério da Saúde e vacinará apenas o público com comorbidades, até que haja novas orientações por parte do órgão. Até hoje, 20, não houve novo posicionamento da gestão.
Fonte: Correio da Serra / Jornalismo 93 FM