Casos fora de época de influenza A/H3N2 não são graves em sua maioria, mas podem ser evitados.
Dados divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) no dia 23/12 mostram que 147 casos do H3N2 foram diagnosticados por meio de amostras coletadas pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), além de um aumento de 36% nos atendimentos às doenças respiratórias somente na capital mineira.
A quantidade de casos registrados em todo o país chama a atenção das pessoas, principalmente por serem vírus sazonais comuns durante o inverno.
Segundo a diretora assistencial da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Lucineia Carvalhais, que também é médica infectologista, “os cuidados que estamos tomando para nos proteger da covid-19, continuam valendo para as demais doenças respiratórias, como a influenza”. Portanto, isolamento por sete dias, higienização das mãos e uso das máscaras são muito eficientes nesses casos também.
Os vírus da influenza são altamente contagiosos e podem acometer adultos e crianças e apesar de serem mais simples, somam-se às comorbidades já existentes nos pacientes, assim, pessoas nos extremos de idade (crianças na primeira infância e idosos) são grupos de atenção, de acordo com Lucineia.
Os sintomas mais comuns observados são tosse, febre (nem sempre), dor de garganta, coriza e mialgia (dores musculares). O tratamento pode ser feito com antitérmicos (no caso de febre) e analgésicos comuns, além de repouso. Se a pessoa estiver com sintomas, o melhor é evitar o contato.
A médica observa também a necessidade da vacinação. As variações genéticas dos vírus estão sempre sendo estudadas para que a imunização seja eficaz, uma vez que o calendário de saúde é atualizado todos os anos pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Devido a época comum de propagação da influenza (inverno) é possível que não tenhamos intervalo de contágio este ano pelos próximos seis meses, ainda de acordo com a médica.
Fonte: Agência Minas