O mundo passa por uma transformação em busca de mais tolerância e aceitação das diferenças e, é claro, o mercado da moda não é diferente. Dentre os novos caminhos que estão sendo seguidos, o plus size veio para ficar. O nome vem emprestado do termo em inglês para tamanhos grandes e as peças acima do manequim 46, para mulheres, e do 48, para homens.
É fato que a mudança no mercado da moda anda junto com a transformação da sociedade em direção à conscientização. Segundo a proprietária da loja Absolut, de Barbacena, Tatiane Brito, falar sobre democratização da moda é importante porque as pessoas são diferentes e têm biotipos diferentes, então é uma forma de inclusão. “A moda é feita para todas as pessoas independente de idade, tipo físico e classe social.”
Tatiane afirma que as principais barreiras a serem quebradas vem dos próprios lojistas. “Eles tem que enxergar o público, que é muito grande e não se encaixa nesse perfil de modelo manequim 36 e 1,70m de altura. É preciso trazer numerações maiores, que atendam todos os públicos. Vale lembrar que a moda plus não pode ser cara só porque é plus.”
Em relação às evoluções até aqui, a lojista entende que veio do próprio público. “Ele mesmo começou a reclamar de roupas com numerações muito pequenas ou até mesmo de peças que não são da moda ou para pessoas jovens. Hoje nós, lojistas, temos que pensar da forma como o público pensa. Quem é plus também quer vestir o que está na moda. As pessoas não têm que ter vergonha de mostrar a própria beleza. Essa é a evolução da moda.”
Para as pessoas que não se sentem encaixadas nos padrões da sociedade, Tatiane conta que o melhor caminho é cultivar o amor próprio. “Quando você tem autoconfiança, você pode o que você quiser. Não existe padrão ou preconceito que vai derrubar isso. Se você não se encaixa no padrão de modelo, não se preocupe. Goste de você mesma, se ame da sua maneira e saiba se impor diante da sociedade”, conclui.
Fonte: Correio da Serra / Jornalismo 93 FM