A tragédia de Brumadinho (MG) completa três anos hoje, com seis vítimas ainda desaparecidas. Desde o rompimento da barragem do Córrego do Feijão, 264 corpos já foram resgatados.
A última vítima foi identificada em 29 de dezembro: Lecilda de Oliveira, que tinha 49 anos na época do incidente e era analista de operação da Vale, com uma carreira de 28 anos na mineradora responsável pela estrutura que rompeu.
O incidente foi registrado na tarde de 25 de janeiro de 2019, momento em que uma das barragens da Vale colapsou, liberando uma onda de rejeitos de minério de ferro e atingiu mata, rios e comunidades. Entre os locais atingidos pela lama, estavam uma parte da área administrativa onde havia funcionários, hotéis, sítios, fazendas e casas de moradores locais.
Uma ação penal que apura a responsabilidade pelo caso ainda corre na Justiça brasileira. 16 pessoas são acusadas pelo crime de homicídio, entre elas estão ex-diretores da Vale e executivos da empresa alemã Tüv Süd, responsável por atestar a segurança da barragem que se rompeu, matando 270 pessoas.
Confira abaixo as vítimas ainda não localizadas:
• Tiago Tadeu Mendes da Silva
Tiago tinha 34 anos e trabalhava como mecânico industrial na Vale. Ele estava no refeitório da mina no momento em que barragem se rompeu, de acordo com parentes, e deixou dois filhos pequenos.
• Luís Felipe Alves
Luís Felipe, 30, era engenheiro de produção e funcionário da Vale. Natural de Jundiaí, no interior paulista, mudou-se para o Espírito Santos, onde cursou a faculdade. Ele trabalhava em Brumadinho há pouco mais de três meses, no setor administrativo da Vale, quando ocorreu a tragédia.
• Nathália de Oliveira Porto Araújo
Estagiária administrativa da Vale, Nathália de Oliveira Porto Araújo, 25, estava no refeitório quando a barragem se rompeu. Segundo o marido, o GPS do seu smartphone apontava para uma região na Cachoeira das Ostras, mas as buscas acabaram sendo infrutíferas.
• Maria de Lurdes da Costa Bueno
Moradora de São José do Rio Pardo (SP), Maria de Lurdes da Costa Bueno, 59, passava as férias com a família na Pousada Nova Estância. O imóvel acabou soterrado pela lama após barragem da Vale romper, em janeiro de 2019. Ela não foi mais vista desde então.
• Olímpio Gomes Pinto
Conhecido como Licão, o auxiliar de sondagem Olímpio Gomes Pinto tinha 56 anos. Ele trabalhava para uma empresa terceirizada que prestava serviços à mineradora. Olímpio era natural de Caeté, Minas Gerais.
• Cristiane Antunes Campos
Cristiane Antunes Campos tinha 34 anos, sendo 10 dedicados à Vale. Ela começou a atuar na empresa como motorista de caminhão, quando surgiu a oportunidade de se graduar em um curso de técnico em mineração. Em 2018, passou a ser supervisora de mina.
Fonte: UOL