Neste ano, a campanha do Novembro Azul, realizada através da Sociedade Brasileira de Urologia, chama atenção dos homens para o rastreamento do câncer de próstata. Os dados do Instituto Nacional de Câncer de 2022, mostram que terão mais de 65 mil novos casos, e que 10% dos pacientes, morreram com essa doença. O maior objetivo dessa campanha é aumentar o diagnóstico precoce e o índice de cura, que pode chegar a mais de 90%.
O urologista Paulo Gonçalves afirma que o câncer de próstata, em sua fase inicial, não tem sintomas, e que quando o câncer começa a exibir sintomas, ele já está em uma fase tardia, o que é mais difícil de ser curado. Dessa forma, o médico frisa a importância do rastreamento do câncer de próstata.
Segudno ele, existem três fatores de risco: “A etnia, ou seja, homens negros tem maior incidência do câncer de próstata. A idade, quanto mais velho, maior chance do câncer de próstata. E a parte hereditária, quem tem parentes diretos com câncer de próstata tem maiores chances de ter a doença”.
O médico ainda afirma que homens que estão entre os fatores de risco devem iniciar os exames a partir dos 45 anos. Já os homens que não tem essas características podem iniciar aos 50 anos.
O tratamento do câncer de próstata, na fase inicial, pode ser feito com cirurgia ou radioterapia. O médico confirma que há risco de impotência sexual em alguns casos. “Isso está baseado, principalmente, no tamanho da doença do paciente. Se essa doença, for uma doença que já esteja chegando muito à periferia da próstata, o cirurgião é obrigado a ser um pouco mais radical e não preservar os nervos responsáveis pela ereção, consequentemente, esses pacientes com doença mais agressiva terão uma chance maior de impotência sexual”.
Porém, o médico alerta que, os paciente tem uma doença menos agressiva, onde a doença estaria localizada mais ao centro da próstata, vão ter a região dos nervos preservadas, não causando nenhum prejuízo na função sexual do paciente. Destacando ainda mais a importância dos exames de rastreio.