Segundo o Ministério da Saúde, mais de 100 mil pessoas por ano são vítimas de queimaduras no Brasil. “As queimaduras são lesões de pele causadas por agentes externos, como calor, eletricidade, radiação ou substâncias químicas, que vão causar a morte das células no lugar afetado”, explicou Gabriel Bomtempo, acadêmico do 9º período da Faculdade de Medicina de Barbacena (FAME).
Segundo o estudante, é possível identificar os sintomas das queimaduras com base na sua profundidade. “As queimaduras de primeiro grau são mais avermelhadas, vão causar inchaço e dor, mas não têm formação de bolhas. Já nas de segundo grau, vemos as bolhas aparecerem em até 24 horas, a pele vai apresentar uma cor avermelhada e a dor será mais intensa. Nas queimaduras de terceiro grau não é comum sentir dor, porque as lesões são muito profundas e os nervos são atingidos”.
Segundo Matheus Carvalho, também estudante de medicina da FAME, os diferentes tipos de queimaduras geram variadas complicações. “As queimaduras leves não causam complicações, mas as mais profundas demoram mais para curar e podem deixar cicatrizes. Em pessoas com queimaduras muito intensas pode ocorrer desidratação, infecção do local e queda da temperatura corporal”, explica o estudante. Além disso, Matheus conta que pessoas como idosos e crianças tendem a ser afetados de maneira mais séria pelas queimaduras
Os tratamentos também variam conforme cada tipo de queimadura. “No caso de queimaduras pequenas e superficiais, resfriar a região com água em temperatura ambiente por um tempo seguido de cuidados e compressa na ferida é eficaz. Entretanto, nas queimaduras pequenas e profundas, é preciso, além de resfriar o local com água em temperatura ambiente, fazer a limpeza do local para evitar infecções. Também pode ser utilizada pomada antibiótica e curativo”, orienta Matheus.
O estudante de medicina alerta também que as bolhas de queimaduras não devem ser estouradas. Isso porque, em vez de melhorar a ferida, esse ato pode causar maiores danos à nossa pele. “Para queimaduras extensas e graves é preciso hospitalização imediata e tratamento das complicações e feridas por um médico”, conclui.