A raiva é uma doença quase 100% letal; entenda a importância da vacinação

No próximo dia 16 de outubro acontece o “Dia D” da vacinação antirrábica em Barbacena. Mas, a vacinação está acontecendo desde o início de setembro, no Centro de Controle de Endemias (CCE), localizado na Praça do bairro São Pedro, 673.  

A veterinária do Centro de controle de Endemias de Barbacena, Lilian Duarte, explica que é muito importante levar os bichos para vacinar porque a raiva é uma doença infecciosa viral aguda, que acomete mamíferos, inclusive o homem. “A doença é caracterizada pelo acometimento do sistema nervoso, causando a morte em aproximadamente 100% dos casos”, conta. 

A raiva é uma zoonose, ou seja, é transmitida dos animais para o homem. Essa transmissão acontece pelo contato com a saliva do animal infectado principalmente através de mordidas e lambidas quando se tem uma ferida na mão, por exemplo, ou até mesmo por arranhões nos casos dos gatos. 

Segundo a veterinária, os sintomas tanto nos animais quanto nos homens são parecidos e começam a aparecer após o período de incubação, que é de 45 dias. “Os principais sintomas são mal estar, febre, falta de apetite, dor de cabeça, náusea, irritabilidade e sensação de angústia. Com o passar dos dias, a doença evolui para falta de coordenação motora e agressividade. Nos cães há uma característica forte que é a salivação excessiva. Na fase final da doença os sintomas evoluem para convulsão, paralisia, coma e morte. Após o aparecimento dos primeiros sintomas a evolução para o óbito é uma questão de dias”, alerta.

A raiva é uma doença identificada como sendo praticamente sem tratamento e sem cura, é o que afirma a veterinária. “Nos animais não há tratamento. No homem, é feito o tratamento, porém, no mundo todo, são registrados apenas cinco casos de curas e grande parte das pessoas ficaram com sequelas importantes.”

Em relação às formas de prevenção, Lilian afirma que é através da vacinação antirrábica. “Caso a pessoa tenha contato com algum animal com suspeita de raiva é importante procurar o SUS que lá eles irão orientar como proceder”, conclui.

Fonte: Correio da Serra / Jornalismo 93 FM