Uma ex-servidora da Câmara Municipal de Barbacena reconheceu ter praticado ato de improbidade administrativa e terá que devolver R$58.133,44 à Câmara. Ela fez um acordo com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) que estabeleceu ainda que ela deve pagar uma multa de R$5.813,34.
Segundo nota divulgada na tarde de ontem (26) pelo MPMG, o ato de improbidade aconteceu entre novembro e dezembro de 2022. Foi apurado que a então servidora era a responsável por pegar a assinatura do presidente da Casa Legislativa e de seu tesoureiro e direcionar a ordem de pagamento dos credores. Porém, ela teria usado de sua função para desviar dinheiro.
Segundo o Inquérito Civil sobre o caso, “ela começou a tomar os cheques assinados pelo vereador então presidente e, endossando-os em preto, no verso, na condição de beneficiária, conseguiu levantar as quantias na boca do caixa do banco Caixa Econômica Federal e delas se apoderar, deixando de repassar os valores devidos aos credores contratados”. De acordo com o MPMG, os desvios foram percebidos nos pagamentos de aluguéis dos gabinetes dos vereadores.
Ainda segundo o órgão, a servidora teria falsificado os recibos para que os integrantes do Poder Legislativo não sentissem falta do pagamento e das quitações. Porém, em dado momento, os servidores da Câmara perceberam a situação e os credores passaram a reivindicar os pagamentos atrasados. Foi então que o pai da servidora quitou os débitos.
Além da devolução do dinheiro e do pagamento de multa, a servidora será processada. Segundo o MPMG, foi oferecida denúncia contra a ex-servidora e ela terá que responder na Justiça pelos crimes de estelionato e falsificação de documento.
Em nota, a Câmara Municipal de Barbacena disse que tomou providências imediatas e que a situação foi comunicada à Delegacia de Polícia de Barbacena, para investigação. Além disso, “foi aberto internamente um procedimento administrativo, para apurar as responsabilidades. Também, foram nomeados três servidores efetivos da Câmara Municipal de Barbacena para os procedimentos administrativos”.
Com informações do MPMG
Foto: Vertentes dos Gerais