Na última semana, o Jornalismo da 93 FM e do Jornal Correio da Serra receberam mensagens com denúncias de moradores do bairro Grogotó, mais precisamente próximo a um novo loteamento, sobre o uso de linha chilena para soltar pipas no local.
Na mensagem, a moradora que não será identificada, relata que muitas pessoas vão ao local soltar pipas, o que parece um festival. “A questão não é atrapalhar o lazer, mas solicitar fiscalização e orientação. Estão fazendo uso das linhas chilenas, e algumas ficam jogadas pelo chão, agarradas em árvores, podendo causar lesões graves nas pessoas que passam por lá. Minha cadelinha teve um corte, ainda bem que superficial. Pode ocorrer com qualquer pessoa, pois muitos pais levam seus filhos para brincar.”
A Polícia Militar esteve no novo loteamento do bairro e segundo o Tenente Rafael Andrade, Comandante da 60ª Companhia de Policiamento, essa é uma denúncia recorrente recebida pela polícia. “O que é problemático nesta questão, além da aglomeração, por conta da pandemia, é a linha chilena. Em 2002, foi publicado um decreto com uma Lei Estadual estabelecendo como proibida a utilização desse tipo de material”, alerta.
Em relação aos que utilizam a linha chilena, o Tenente Andrade explica que se for utilizada com perigo real de dano ou causar lesão, pode gerar uma multa de 100 a 1.500 reais. “De acordo com a possibilidade de dano esse valor é acrescido em até 100%. Em caso que não haja o risco imediato de lesão, fazemos o registro na Fazenda Estadual que vai fazer a multa de acordo com o grau de perigo.”
O Tenente afirma que é muito difícil cobrar responsabilidade de uma criança ou adolescente e por isso, a responsabilidade é dos pais e responsáveis. “Por causa da pandemia já não é certo fazer aglomeração para qualquer que seja a atividade. Mas, além disso, é importante que os pais tenham consciência e fiscalizem seus filhos em relação ao uso de linha chilena, já que é proibido.”
Já sobre os riscos, o Tenente afirmou que a linha chilena pode causar lesões graves, até mesmo levar à morte quando atingem o pescoço de uma pessoa. “Esse caso do cachorrinho que se machucou é apenas alguns dos exemplos. Os motociclistas e pedestres devem ficar muito atentos também”, conclui.