A melhora nos indicadores permitiu a evolução da região Centro-Sul, da qual Barbacena faz parte, para a Onda Amarela. Outras seis macrorregiões também evoluíram. São elas: Centro, Jequitinhonha, Leste, Norte, Oeste e Triângulo do Norte. A decisão foi tomada pelo Comitê Extraordinário Covid-19, grupo que se reúne semanalmente para avaliar os dados da pandemia no estado. As mudanças entram em vigor a partir de sábado (10/7).
Além disso, a macrorregião de Saúde Vale do Aço avançou para a Onda Verde. Essa é a primeira vez desde janeiro que uma região evolui para a fase mais flexível do plano.
Seguem na Onda Vermelha as regiões Leste do Sul, Nordeste, Noroeste, Sul e Triângulo do Sul. No entanto, nenhuma delas possui mais a classificação de Cenário Epidemiológico e Assistencial Desfavorável, o que inviabilizaria, por exemplo, a volta às aulas.
Assim, todas as regiões do estado estarão autorizadas a retomarem o ensino presencial com segurança. O protocolo sanitário está disponível no site da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG).
Com este avanço, 72 municípios com menos de 30 mil habitantes poderão progredir de onda independentemente da situação em que se encontra a macro ou a microrregião. Essas cidades registraram menos de 50 casos por 100 mil habitantes nos últimos 14 dias.
Dessa forma, todas as regiões do estado estarão autorizadas a retomarem o ensino presencial com segurança.
Além disso, o secretário de Estado de Saúde, o médico Fábio Baccheretti, afirmou que os dados da secretaria demonstram uma clara melhora no cenário da pandemia em Minas, além de queda consistente na ocupação de leitos. Atualmente, a ocupação de leitos de UTI Covid em Minas é de 68% e a mortalidade por faixa etária a cada 100 mil habitantes também apresenta uma queda expressiva, especialmente entre os grupos imunizados.
Na faixa etária com 80 anos ou mais, a taxa de mortalidade caiu de 12% para 10% desde o início da pandemia. Já nos grupos que possuem entre 70 e 79 anos, a redução foi de 43% para 28%. Entre as pessoas que têm entre 60 e 69 anos, a queda foi de 24% para 19%.
Cirurgias eletivas
Nenhuma região se encontra atualmente com cenário desfavorável assistencial e epidemiológico, portanto as cirurgias eletivas estão autorizadas, dentro dos seguintes critérios:
Onda vermelha: procedimentos cirúrgicos em ambiente ambulatorial, uma vez constatado pelo médico assistente que o atraso deste tratamento poderá levar a complicações e/ou ao aumento do risco de morte.
Onda amarela: todos os procedimentos permitidos na onda vermelha, além de procedimentos cirúrgicos hospitalares que não demandem intubação orotraqueal ou sedação profunda, uma vez constatado pelo médico assistente que o atraso deste tratamento poderá levar a complicações e/ou aumento do risco de morte.
Onda verde: todos os tipos de eletivas ficam permitidos, mas caberá ao gestor local e da unidade de atendimento analisarem a disponibilidade de leitos, equipes, equipamentos e insumos hospitalares.
Em todas as ondas podem ser realizados procedimentos relacionados a transplantes, cirurgias cardiovasculares, oncológicas, neurológicas e neurológicas relacionadas ao processo dialítico, em estado de saúde mais grave.
Servidores públicos
O Comitê Extraordinário Covid-19 também aprovou, nesta quarta-feira, mudanças nas deliberações referentes ao modelo de trabalho dos servidores estaduais.
Foi determinada a retomada gradual do trabalho presencial nos órgãos estaduais, em conformidade com as regras de biossegurança estabelecidas pela Secretaria de Saúde e priorizando o retorno dos servidores que já estejam com a vacinação completa. Caberá a cada órgão e entidade estabelecer um mínimo de servidores que voltará ao trabalho presencial.
Também houve alteração no procedimento para afastamento de servidores com sintomas da doença. A partir de agora, será necessária a realização de perícia para permitir o afastamento do servidor. Ela poderá ser realizada pelo serviço de teleatendimento.
Fonte: Agência Minas