Brasil confirma dois casos da variante ômicron, os primeiros da América Latina

O Instituto Adolfo Lutz, do governo de São Paulo, confirmou nesta terça-feira (30) dois casos positivos da nova variante ômicron da covid-19, os primeiros no país e na América Latina, em um casal que voltou da África do Sul, antes do anúncio da descoberta da cepa naquele país. 

Antes do anúncio do governo do estado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária tinha anunciado os dois casos como positivos “preliminares”. “A confirmação foi feita após sequenciamento genético no laboratório do Hospital Israelita Albert Einstein (…) e atestada pelo Instituto Adolfo Lutz do Governo de SP”, acrescentou a secretária de Saúde de São Paulo.

Ainda segundo a nota, os contagiados são “um homem de 41 anos e uma mulher de 37, provenientes da África do Sul”, que desembarcaram no Brasil em 23 de novembro e fizeram novo teste antes de voltar a embarcar no dia 25. Segundo informações, este casal de missionários que vive no país africano apresentava sintomas leves no momento da realização de testes PCR. Desde então, estão em isolamento domiciliar e sob monitoramento, assim como seus familiares.

Ainda não se sabe se os infectados tinham tomado vacinas anticovid, disse à CNN Jean Carlo Gorinchteyn, secretário de Saúde do estado de São Paulo, afirmando que registros de imunização não foram encontrados no sistema local. O secretário tentou acalmar a população e pediu cautela para ver como a situação evolui, lembrando que o forte impacto da variante delta esperado para setembro foi contido pelo avanço da vacinação.

As autoridades sanitárias do estado mais populoso do país informaram ainda que está em análise um caso suspeito reportado no domingo de um passageiro procedente da Etiópia e que visitou a África do Sul. Outras possíveis infecções pela variante ômicron também estão sendo estudadas: uma em Belo Horizonte e outra em Brasília. Na segunda-feira, o Brasil proibiu os voos de seis países da África para evitar a propagação da nova variante do coronavírus. 

Fonte: O Tempo