Em uma coletiva na quinta-feira, 17, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) juntamente com a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) divulgou que das 53 barragens a montante em Minas Gerais, estrutura semelhante às duas que entraram em colapso nos últimos cinco anos no estado, matando quase 300 pessoas, apenas uma completou o processo de descomissionamento, ou seja, foi desativada.
O fim das barragens a montante foi determinado por uma resolução da Agência Nacional de Mineração (ANM), publicada no Diário Oficial da União, em fevereiro de 2019, quase um mês depois do rompimento da barragem de Córrego do Feijão, da Vale, construída à montante, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
A tragédia matou 270 pessoas. Onze corpos ainda não foram encontrados. Quatro anos antes, em Mariana, na Região Central do estado, 19 pessoas morreram após a barragem de Fundão, da Samarco, entrar em colapso. Ela também foi construída à montante, modo mais barato, porém mais instável de estrutura de contenção de rejeitos de mineração.
Esse método de construção era bastante comum nos projetos de mineração iniciados nas últimas décadas, mas é considerado por especialistas uma opção menos segura e mais sujeita a acidentes.
Fonte: G1