As defesas do Delegado de Polícia Civil Dr. Itamar Claudio Netto e do Investigador Celso Trindade se pronunciaram pela primeira vez sobre o caso envolvendo a morte da escrivã da PCMG, Rafaela Drumond. Ambos atuavam com Rafaela na delegacia de Carandaí.
O inquérito que investigava a morte da escrivã foi concluído na última quinta-feira (14). O delegado Itamar foi indiciado por condescendência criminosa. Ele estava sendo investigado após denúncias de assédio contra Rafaela.
Em nota divulgada à Imprensa, o advogado Dr. José Maria Fortes de Carvalho, afirmou que Itamar esperou o término das investigações, sem proferir qualquer tipo de ofensa à qualquer pessoa ligada à escrivã, não obstante ter sido acusado e ofendido, sem qualquer prova, por pessoas ligadas ao círculo de Rafaela e pela sociedade, que ficou comovida pelo trágico acontecimento.
Ainda segundo o comunicado “a verdade veio à tona com a conclusão do inquérito, que apurou inexistência de indícios de que a escrivã tenha sido induzida, instigada ou auxiliada ao suicidio, não configurando crime previsto no Art. 122 do Código Penal.”
A defesa citou o indiciamento do delegado por condescendência criminosa e afirmou que a decisão será rebatida em hora oportuna. Ainda segundo o comunicado, não foram comprovados nos autos quaisquer condutas do delegado que tipifiquem assédio moral ou sexual em desfavor de Rafaela.
Já o investigador Celso Trindade de Andrade, que também é investigado por assédio a servidora, não foi indiciado pelo crime de injúria. A defesa do investigador, que é realizada pelos advogados Dr. Marcelo Chaves e Dra. Tatiana Cavalieri, informa que acompanhou toda a investigação do inquérito, porém ainda não tomou conhecimento oficialmente de sua conclusão. Por tal motivo, se reserva o direito de comentar o resultado das investigações após analisar o conteúdo probatório.