Estudos realizados pelo Ministério da Saúde revelam que cerca de 10 milhões de brasileiros convivem com a osteoporose. Uma em cada três mulheres com mais de 50 anos desenvolve o problema, sendo que 75% dos casos só são descobertos depois da primeira fratura. O ortopedista Felipe Hermont fala sobre o assunto.
O médico explica que a osteoporose é uma doença sistêmica progressiva caracterizada por diminuição da massa óssea e deterioração da microarquitetura, levando à fragilidade do osso e aumentando o risco de fraturas. Segundo ele, o próprio envelhecimento do paciente aumenta a chance de desenvolver a doença. “O histórico familiar e o aspecto genético também são importantes. Há causas secundárias como as doenças autoimunes, pacientes portadores de doença renal crônica, uso crônico de glicocorticóide, sedentarismo, tabagismo, alcoolismo, deficiência de cálcio e vitamina D”, alerta.
Ele afirma ainda que no início, a doença pode ser silenciosa já que a perda da massa óssea é lenta e gradual. “Muitas vezes, o primeiro sintoma já pode ser uma fratura pela própria osteoporose. O importante é o diagnóstico precoce. A densitometria óssea é o exame a ser realizado. Ele é indicado para todas as mulheres a partir dos 65 anos e para todos os homens com 70 anos ou mais.”
Felipe explica que os locais mais atingidos pela osteoporose são a coluna vertebral, punho, ombro e o fêmur, que segundo ele, é o mais temido de todos. “Quando a osteoporose atinge o fêmur, é necessário o processo de cirurgia, o que leva a um agravamento da saúde do paciente.”
Atualmente são mais de dois milhões de fraturas anuais por osteoporose, é o que conta o ortopedista. Ele alerta que o ideal é trabalhar na prevenção da doença com uma boa alimentação, prática de atividades físicas e realização do exame de densitometria óssea de acordo com a recomendação do médico.
“É importante também utilizar as medicações de forma correta. Além de tudo isso, é ideal trabalhar na prevenção de quedas já que elas acontecem, em sua maioria, dentro de casa. Então, barras de apoio no banheiro podem ajudar, é ideal evitar tapetes que agarram e podem derrubar o paciente e os calçados que escorregam”, conclui.
Fonte: Correio da Serra / Jornalismo 93 FM