Discussões sobre saúde mental ganham destaque após suicídio de escrivã da Polícia Civil

A escrivã da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Rafaela Drummond, de 32 anos, se suicidou no último final de semana. A morte da servidora, lotada em Carandaí, chamou atenção para a pressão psicológica sofrida pelos profissionais, já que, após seu falecimento, passaram a circular áudios deixados por ela indicando assédio moral e sexual, sobrecarga de trabalho e ingerência de seus superiores.

Em uma das mensagens divulgadas, Rafaela diz: “Eu não aguento mais ter que me reerguer todo dia e em todas as áreas”. A irmã de Rafaela, Karoline Drummond, disse que a  servidora chegou a tentar uma transferência de cidade, porque não estava mais suportando a perseguição sofrida.

Segundo a mãe de Rafaela, Zuraide Drummond, “o delegado falava diretamente que não sabia como ela havia passado na Polícia Civil, pois era desequilibrada e louca”. Antes de falecer, a servidora pediu que seus conhecidos ajudassem a divulgar os desabafos deixados.

O  Sindicato dos Escrivães de Polícia do Estado de Minas Gerais (SINDEP/MG) se pronunciou na segunda-feira (12) dizendo que solicitou “a realização de audiência pública para tratar do assunto”. Ainda de acordo com o sindicato, esse não é um caso isolado e eles têm “informações de que há outros colegas adoecidos naquela unidade”.

A Polícia Civil também se pronunciou sobre o caso por meio de uma nota enviada à imprensa dizendo que “A PCMG instaurou inquérito policial, com o objetivo de apurar as circunstâncias que permearam os fatos. A PCMG reforça que o Centro de Psicologia do HPC oferece atendimento psicológico clínico, por meio de sessões presenciais e também por teleconsulta, para servidores da ativa, aposentados e dependentes, da capital e do interior do estado. Ademais, o HPC dispõe do plantão psicológico, que consiste em um dispositivo de escuta especializada, sem necessidade de agendamento, serviço amplamente divulgado aos servidores”.

Com informações de O Tempo, SINDEP/MG e PCMG