Em entrevista, Secretária de Saúde pede que a população se conscientize da gravidade da pandemia na cidade de Barbacena

Apenas nos primeiros quinze dias de dezembro, Barbacena confirmou mais de 150 casos de coronavírus. Ainda, segundo dados da Secretaria do Município, na última semana, a cidade não retroagiu para a Onda Vermelha do Minas Consciente por apenas três décimos. 

Segundo Marcilene Dornelas de Araújo, Secretária de Saúde da cidade, Barbacena enfrenta agora sua pior fase em relação a pandemia. A secretária contou ainda que a cidade é responsável pelo atendimento de quase 800 mil pessoas e que no sábado, dia 12, o município  atingiu 50 pessoas internadas em UTI e leito clínico. “Esses números indicam que se o paciente que está em isolamento  domiciliar precisar ir para o hospital receber assistência, ele pode correr o risco de não ter vaga. No sábado ficamos muito preocupados. Nas 12 horas de plantão noturno da madrugada para domingo tivemos um elevado número de óbitos. Na segunda, o Hospital Ibiapaba estava com 100% de ocupação, a Santa Casa e o IMAIP tinham poucos leitos disponíveis. 

Segundo comparativos feitos pela equipe da 93, entre os meses de setembro e dezembro, considerando que estamos ainda no dia 16, o número de casos confirmados teve uma alta de 120% na cidade. O número de mortes teve uma alta de 110% e hospitalizados também com alta superior a 100%. Marcilene alerta que é preciso entender que o vírus é muito mais potente que o sistema criado para enfrentamento. “Estamos enfrentando dificuldade de escala médica, devido a positividade e isolamento dos mesmos. Temos dificuldade para encontrar profissionais que tenham experiência para atender o paciente em estado crítico e estamos com dificuldade também para manter insumos, não por falta de recurso, mas por falta de disponibilidade no comércio.” conta.

Segundo Marcilene, não é momento para fazer confraternização com amigos e familiares. “Barbacena é a cidade com menor índice de permanência em domicílio. Isso significa que a população está nas ruas e não está respeitando o que estamos pedindo”.