Doze dias após sua morte no apartamento onde morava com o marido e os cinco filhos, na região Oeste de Belo Horizonte, o corpo de Lorenza Maria Silva de Pinho, será sepultado nesta quarta-feira (14), no cemitério Boa Morte, em Barbacena. Alguns familiares maternos dela estão sepultados na cidade.
Devido à pandemia da Covid-19, a cerimônia será reservada a poucos parentes. A vinda do promotor André Luis ao sepultamento depende de autorização da Justiça. Ele segue preso desde o último dia 4, sob suspeita de ter praticado feminicídio.
O advogado Tiago Resende, que representa a família paterna de Lorenza, espera que o laudo sobre a morte dela, feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte, saia ainda nesta semana.
O caso
Lorenza morreu no último dia 2, no apartamento em que morava com a família, no Buritis, na capital mineira. A Polícia Civil abriu um inquérito para apurar a morte. O promotor, André Luís Garcia de Pinho, é suspeito de matar a esposa e está preso em um quartel do Corpo de Bombeiros.
Os filhos mais velhos do casal, de 15 e 16 anos, relataram em reportagem no sábado (10), que a mãe tomava muitos remédios para depressão e, eventualmente, os misturava com álcool. Contudo, em entrevista ao site O Tempo, o pai de Lorenza, Marco Aurélio Silva, disse que a filha não gostava de beber. “Minha filha nunca bebeu. Minha filha não gostava nem de uma cervejinha”, afirmou.
Marco Aurélio disse ter conhecimento de que Lorenza tomava medicamentos fortes e que foram receitados pelo médico Bruno Sander, que está com a guarda dos cinco filhos de Lorenza. O fato do suposto testamento que dá a guarda dos netos para o médico surpreendeu Marco Aurélio, mas disse que a decisão do juizado de menores é para ser cumprida.
A Polícia Civil e a Procuradoria Geral de Justiça de Minas Gerais investigam o caso, que corre sob segredo de Justiça. Apesar da liberação do corpo, o laudo sobre a causa da morte de Lorenza não foi divulgado. O Ministério Público disse que irá divulgar o documentos só após o término das investigações.
Fonte: O Tempo