O ex-prefeito Martim Andrada, em entrevista exclusiva ao portal Barbacenatem, fez um balanço sobre o cenário político. Martim falou sobre política nacional, estadual e local.
Inicialmente o ex-prefeito diz acreditar que “As políticas econômicas adotadas pelo governo Lula, embora tenham promovido algum crescimento inicial e uma redução da pobreza, falham em criar uma base sólida para o desenvolvimento em longo prazo”. Quanto ao governo Zema, há uma visão mais positiva. Ele vê avanços para o Estado. Martim destaca também o cenário político local que, segundo ele, caminha para uma polarização nas eleições municipais, entre o atual prefeito e os demais grupos políticos do município.
“A dependência excessiva de políticas de estímulo ao consumo e crédito fácil levou a um endividamento crescente das famílias e a uma inflação. O país ficou vulnerável a crises econômicas e minou a competitividade da economia brasileira no cenário global”, avalia Martim a respeito do governo Lula.
Com relação ao governo Zema, Martim vê avanços. “O governo Zema tem se destacado pela gestão eficiente e pela implementação de políticas voltadas à recuperação econômica do estado. Ao adotar uma postura de austeridade fiscal e rigor na administração pública, Zema conseguiu reduzir o déficit orçamentário e colocar as contas estaduais em ordem”, disse.
Quanto às questões locais, Martim Andrada faz uma análise da realidade política com vistas às próximas eleições. Segundo ele, temos um quadro de polarização política, estando de um lado o atual prefeito e do outro os demais e principais grupos políticos do município. “Acredito que tudo está se encaminhando nas próximas eleições municipais para uma disputa entre dois lados. Falta ao prefeito habilidade política e diálogo, o que o leva a um isolamento político e, ao mesmo tempo, unindo os grupos de lideranças e partidos em outra vertente. O que parecia improvável”.
“O prefeito, durante esses quase quatro anos de mandato teve pouco relacionamento com a Câmara, praticamente ignorando os vereadores, não tendo ouvido em nada a sociedade e as lideranças locais, pessoas experientes e bem intencionadas, e fez um governo praticamente solitário e autoritário. Sem parcerias. O resultado disso é que ele deve ficar isolado. E, assim, um eventual segundo mandato será de um governo inerte, sem apoios, tanto da sociedade local como das lideranças políticas que até agora deram a ele sustentação para administrar. Por outro lado, encontra-se um grande grupo de partidos e lideranças que, provavelmente, vão estar juntos para apresentarem uma nova proposta de trabalho para o município, que não seja só festas, mas que tenha um projeto de governo sustentável que privilegie também a saúde, a educação, a geração de emprego, a infraestrutura, o desenvolvimento social e o esporte dentre outros”, destacou Martim.