O aumento de casos de Covid-19 provocados pela variante Ômicron pode gerar uma maior incidência de “covid longa” nas pessoas infectadas pela doença, é o que afirma o psiquiatra Felipe Fortes.
A covid longa consiste em sintomas que persistem depois de quatro semanas que a pessoa se recuperou do coronavírus, independente de quadro leve ou grave da doença. “Essa síndrome tem sido bastante comum pelo alto nível de infecção da variante ômicron. É basicamente como se o organismo tivesse gastado muita energia e usado muito de sua reserva imunológica para combater essa infecção pelo vírus da covid. Após essa batalha vencida, o paciente começa a manifestar esses sintomas.”
Em relação aos sintomas, o médico explica que há uma diferença frente ao que existia no passado. Segundo ele, no início existiam problemas de olfato e paladar e agora, com a variante Ômicron isso já não é tão presente.
“Entre os sintomas dessa síndrome pós covid estão a dor de cabeça intensa, falta de energia, falta de memória, e há a dificuldade de lembrar nomes e objetos que antes eram comuns. Há ainda a possibilidade de tosse de resquício, dor articular, palpitações, falta de ar, aperto no peito e também alterações bruscas de humor e quadros depressivos”, alerta.
Felipe afirma, porém, que a síndrome tem cura e o tratamento envolve atividade física, fisioterapia e mudança de alimentação. Já em quadros mais graves há o uso de medicação.