Grupo liderado pelos Andradas sai fortalecido: único a montar três chapas completas para a eleição no legislativo municipal.
O fim da janela partidária — prazo em que é permitida a migração entre partidos políticos de quem detém mandato de vereador, e para a filiação para quem quer se candidatar neste ano – terminou na última na sexta-feira (5) e sábado (6), respectivamente. Com as mudanças nas legendas, o quadro de vereadores da Câmara Municipal de Barbacena assumiu um novo layout. A arrumação final é o resultado de articulações realizadas desde o ano passado, tanto pelos grupos de oposição quanto pela situação.
Segundo levantamento preliminar realizado pelo portal barbacenatem, o grupo político liderado pelos Andradas, foi o único que conseguiu montar três chapas completas para a disputa das 19 cadeiras que farão parte da nova legislatura na Câmara Municipal de Barbacena. Os demais grupos, ficaram com uma chapa cada um.
Três ex-prefeitos também migraram para outros partidos. O ex-prefeito Martim Andrada confirmou sua filiação ao Republicamos, mesma sigla do seu irmão, o deputado Lafayette Andrada. A ex-prefeita Danuza Bias Fortes deixou o PDT para filiar-se ao Avante, mesma agremiação escolhida pelo ex-prefeito Luís Álvaro que sai do PSD. O atual prefeito Carlos Dú, eleito pelo MDB, mudou para o PSD. A ex-primeira-dama Ondina Andrada filiou-se ao PRD, mesma legenda de seu sobrinho, o deputado Doorgal Andrada. Quanto a pré-candidatura ao Executivo ainda não há definição de nomes no cenário local.
A nova configuração se dá seis meses antes da eleição em que serão escolhidas as bancadas para mais uma legislatura e a pessoa responsável por comandar o Executivo Municipal por mais quatro anos. Assim, o lado em que cada legislador e os demais candidatos a vereadores se localizam será preponderante na briga pelo comando da Prefeitura e nas eventuais disputas travadas no Legislativo. Cada partido pode lançar até 20 candidatos a vereador, sendo 20% deles reservados para a cota feminina.
Com a dança das cadeiras partidárias, o grupo político dos Andradas ficou com o controle de seis legendas: Republicanos, PRD, PRTB, PSDB, PP e Solidariedade, sendo que os três primeiros partidos com chapas completas para disputar a Câmara Municipal, ou seja 20 candidatos cada, incluindo a cota feminina. Além desses, estão vigentes no município os seguintes partidos; PT, Rede, PL, MDB, PDT, Avante, PSD, Mobiliza, Podemos, PV, PRD, PC do B, PP, PSB, PRTB, AGIR e União Brasil.
Apenas 12 siglas até agora organizaram chapas para a eleição no legislativo municipal, sendo 3 (Republicanos, PRD e PRTB) do grupo liderado pelos Andradas e as demais ligadas a uma única liderança, como, por exemplo: PSD ao prefeito Dú; MDB ao ex-senador Hélio Costa e ex-prefeito Célio Mazoni; o PSB aos ex-vereador Kikito; o Avante aos ex-prefeitos Luís Álvaro e Danuza; o PL ao deputado Cel. Henrique.
Dança dos partidos na Câmara Municipal
A “dança das cadeiras” que marcou a reta final da chamada “janela partidária” com idas e vindas dos atuais vereadores à Câmara Municipal de Barbacena, que pretendem disputar a reeleição, reforçou uma tendência que já vinha sendo consolidando no tabuleiro político local: a forte pulverização na montagem dos partidos. O vereador Zezinho Andrada migrou do AGIR para o Republicanos; Flávio Maluf foi do PSD para o Republicanos; Glauber Milagres saiu do DC para o PRD; Paulinho do Gás saiu do PTB para o Podemos; Roberto da Farmácia saiu do PSL para o PL; Sandro Heleno foi do DC para a Rede; Carlinhos Playboy foi do AGIR para o PSD; Tiago Martins saiu do PV para o PSD e o vereador em exercício Zeli saiu do AGIR para PRD. Já os vereadores a seguir permaneceram em suas respectivas siglas: Odair Ferreira (PDT), professor Filipe (PT); Professor Nilton (Avante), Zé Nilton (PSD) e Pastor Ewerton (MDB). O suplente Rosenberg, que já assumiu uma vaga, migrou do PT para Mobiliza e o suplente Diego Baiano, que também já assumiu uma vaga, foi do DC para o Republicanos.
A próxima legislatura em Barbacena terá 19 vagas, 4 a mais do que a atual, composta por 15 vereadores. As eleições serão realizadas em 6 de outubro.
Convenções partidárias e registros de candidatura
Entre 20 de julho e 5 de agosto é permitida a realização de convenções partidárias para deliberar sobre coligações e escolher candidatas e candidatos às prefeituras, bem como aos cargos de vereador. Definidas as candidaturas, as agremiações têm até 15 de agosto para registrar os nomes na Justiça Eleitoral.