Gagueira: entenda o que é e como agir

Você conhece ou convive com alguém com “distúrbio na temporalização da fala”? Não sabe o que é isso? Esse distúrbio é a famosa gagueira. Um problema que afeta a fluência e a comunicação e é tratada pela ciência como uma disfunção causada por vários fatores, entre eles genéticos, sociais e psicológicos. A fonoaudióloga Regina Nunes fala sobre o assunto. 

Regina explica que a gagueira é uma disfluência da fala, involuntária, que trava, repete e estica palavras ou frases impedindo a fala da maneira desejada. Ela explica ainda que a gagueira ocorre devido a uma predisposição hereditária que associada a fatores ambientais estressantes, linguísticos, psicológicos ou até mesmo sociais, leva a manifestação dos sintomas. “Momentos de ansiedade e tensão tornam a fala mais difícil para todos os falantes, fluentes ou não.”, acrescenta. 

Quanto ao tempo que a disfunção pode durar, a fonoaudióloga explica que “geralmente elas (disfluências) ocorrem por um período de até 6 meses e depois desaparecem. Isso quando não é aquela gagueira que vai com a vida, vai com o paciente pra vida toda.”

A fonoaudióloga explica que não se sabe exatamente o porquê algumas pessoas gaguejam, mas algumas vezes as partes da máquina da fala esquecem o que devem fazer. Em alguns casos, o tratamento da gagueira é a soma de exercícios que podem atenuar a situação como, “relaxar os músculos que costumam ficar tensos no momento em que a pessoa fala, diminuir a velocidade da fala e treinar a leitura no espelho,ajuda muito.” afirma.

Regina ainda nos atenta para o que não se deve fazer com uma pessoa que está gaguejando “Não rir da gagueira dela, dizer pra ele que você tem tempo pra escutar, não imitar sua fala, não interromper a fala. Não dizer ‘calma’, não se pede calma pra uma pessoa que está gaguejando. Por último, nunca complete a frase para a pessoa.” 

A gagueira tem cura. Os pacientes com esse problema conseguirão ter uma fala normal se o tratamento for iniciado assim que percebida a alteração.

Fonte: Jornal Correio da Cidade / Rádio 93 FM