Amanhã, 31 de julho, é celebrado o Dia do Orgasmo. Assunto que ainda é tabu para muitas pessoas, vem ganhando espaço em conversas. Mais do que prazer, a prática sexual também é benéfica para a saúde, claro, desde que praticada com segurança.
A médica ginecologista Nádia Meneses explica que falar e entender sobre sexualidade é extremamente importante porque faz parte do ser humano. “Muitas pessoas acham que ao falar de sexualidade, nós estamos falando de sexo. Mas é importante entender que sexo se refere a definição dos órgãos genitais. Já o conceito de sexualidade está ligado a tudo aquilo que somos capazes de sentir e expressar. É um aspecto do ser humano, que não pode ser separado dos aspectos básicos da vida.”
Idosos com idade a partir de 60 anos, algumas vezes, se envergonham ou até mesmo não se permitem ter uma vida sexual ativa. A ginecologista afirma que esse tipo de tabu deve ser quebrado. “Não se pode ter vergonha de falar sobre sexo, porque a vergonha leva à desinformação. Na vida sexual, nós convivemos com muitos tabus e preconceitos que são trazidos desde a nossa infância. Para um leigo, pode parecer besteira, mas isso impacta na vida sexual. Um idoso que tem a vida sexual ativa, costuma ter boa saúde porque implica no bom funcionamento de todos os seus sistemas fisiológicos e no emocional”, conta.
O sexo sem cuidado já fez e ainda faz diversas vítimas em todo o mundo. A médica alerta que as infecções sexualmente transmissíveis podem ocorrer em qualquer idade. “Além do HIV, existe ainda a sífilis, gonorreia, HPV, hepatite B e C, que inclusive podem levar a câncer hepático. Ainda pode ocorrer as inflamações genitais, doenças inflamatórias pélvicas que podem ser causadas por algumas bactérias, entre outras. Então, é indispensável que o sexo seja protegido.”
O orgasmo é o ápice do prazer sexual. Nádia explica que a falta de conhecimento do próprio corpo, baixa autoestima, relacionamentos desgastados e tabus podem atrapalhar nesse momento. “Então, as pessoas precisam se libertar desses estigmas. E repito, um bom diálogo ajuda muito nesses casos. As pessoas precisam se conhecer e conhecer o funcionamento do corpo do parceiro.”
Fonte: Correio da Serra / Jornalismo 93 FM