Na última semana, a Polícia Civil de Minas Gerais indiciou uma mulher suspeita de ter aplicado o golpe conhecido como “boa noite Cinderela”, no município de Santos Dumont. A investigada foi indiciada por ter subtraído o celular da vítima, de 66 anos, após terem consumido bebidas alcoólicas. A vítima registrou boletim de ocorrência afirmando que estava em companhia da suspeita, fazendo uso de bebidas alcoólicas e que de repente adormeceu. Ao acordar no dia seguinte, percebeu que seu telefone celular havia sido levado.
Segundo o delegado da PC de Santos Dumont, Daniel Gomes, o “boa noite Cinderela” é o nome dado a um golpe no qual uma pessoa coloca drogas ou medicamentos na bebida, normalmente alcóolica, de outra pessoa a deixando vulnerável o suficiente para ser roubada e/ou violentada. “Infelizmente, esse tipo de crime tem se tornado muito comum no dia-a-dia policial e é observado que a maioria das autoras desse tipo de conduta são mulheres”, relata.
As substâncias utilizadas no golpe são aquelas que induzem a sonolência, que, com atuação em conjunto com o álcool, se torna mais forte. “No caso que apuramos, a vítima não se lembra como adormeceu e só quando acordou, no dia seguinte aos fatos, deu falta de seus pertences. A associação desses medicamentos com o álcool pode acarretar uma lesão grave em relação à saúde da vítima.”
Para não cair nesse tipo de golpe, o delegado orienta: se for ao banheiro e deixar o copo na mesa, ao voltar, não beba no mesmo copo; não aceite bebidas oferecidas por estranhos; e tenha atenção ao ingerir bebidas alcoólicas com pessoas que acabou de conhecer. “É na ausência da vítima que o autor se aproveita para colocar as substâncias em sua bebida. No caso do fato em apuração, houve um agravante. A vítima levou uma pessoa desconhecida para o interior de sua residência, ou seja, o prejuízo dele poderia ser bem maior, já que seus pertences estavam a disposição e a autora poderia ter subtraido”, alerta.
Ao perceber que foi vítima de golpe, Daniel alerta ser necessário registrar boletim de ocorrência, noticiando os fatos, com o máximo possível de características da pessoa que esteve em companhia para que seja possível a investigação do caso.