Lafayette de Andrada afirmou que o Republicanos deve esperar a decisão de Cleitinho para decidir cenário eleitoral em Minas Gerais. Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
O deputado federal Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) afirmou que há uma grande possibilidade de formação de uma federação entre o Republicanos e o MDB para as eleições de 2026. Em entrevista, ele disse que as conversas estão avançando, mas ainda sem prazos ou definições, comparando o momento a um estágio de “namoro ou amizade”. Lafayette também revelou que o PSDB demonstrou interesse em integrar essa federação, o que amplia o diálogo entre as siglas, embora tudo ainda esteja em fase inicial.
O parlamentar destacou que muitos fatores políticos e jurídicos podem impactar o cenário eleitoral até julho de 2026, quando acontecem as convenções partidárias. Entre eles, citou o julgamento do STF sobre os atos golpistas, que poderá influenciar o xadrez político nacional. Por isso, avaliou ser prematuro cobrar definições de candidaturas neste momento, apontando que nenhum partido tem um nome totalmente consolidado para a disputa presidencial ou estadual.
Sobre o cenário nacional, Lafayette disse que o Republicanos apoiaria o governador paulista Tarcísio de Freitas caso ele decida se lançar à presidência, ressaltando que o partido dificilmente caminhará ao lado do presidente Lula. “Ao que tudo indica, o Republicanos não marchará com Lula. Mas ainda estamos num momento em que é cedo para afirmar qualquer coisa com certeza. Precisamos ver como o quadro vai se desenhar nos próximos meses”, afirmou o deputado, destacando também que Tarcísio ainda não formalizou nenhuma candidatura.
Em Minas Gerais, Lafayette afirmou que o Republicanos aguardará a decisão do senador Cleitinho sobre uma possível candidatura ao governo estadual antes de avançar em alianças. Ele enfatizou que o partido, por ora, mantém o diálogo aberto e só deverá tomar posições mais firmes perto das convenções do próximo ano, quando poderá inclusive iniciar conversas com outros pré-candidatos, como o vice-governador Mateus Simões, mas sempre com cautela e respeitando o tempo de decisão interno.