O laudo médico produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) a respeito da morte de Lorenza Pinho, 41 anos, aponta que o óbito não foi acidental. O laudo indicou lesões provocadas por estrangulamento, segundo fontes ligadas às investigações.
Na segunda-feira (19), havia previsão de que o promotor André Luís Garcia Pinto, marido de Lorenza, fosse ouvido pelo núcleo do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), formado para investigar o caso. Ele foi preso temporariamente após a ocorrência.
O médico Itamar Tadeu Gonçalves, responsável pelo atestado de óbito assinado na residência da família Pinho, no bairro Buritis, região Oeste de Belo Horizonte, foi ouvido na manhã de segunda.
De acordo com o Procurador Geral de Justiça de Minas Gerais Jarbas Soares, se a investigação for concluída, o MP falará sobre o caso.
A defesa do promotor afirma que a mulher se engasgou enquanto dormia e que o serviço de emergência de um hospital particular foi chamado.
O advogado da família de Lorenza, Tiago de Resende, afirmou que espera que os culpados por algo que tenha acontecido “a ela” sejam devidamente punidos nos devidos rigores da lei.
As circunstâncias da ocorrência levantaram suspeitas na Polícia Civil. Segundo o boletim de ocorrência, o corpo chegou a ser levado para uma funerária, mas, por determinação do delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, foi encaminhado para o IML para apuração da causa do óbito. A Procuradoria Geral de Justiça está à frente das investigações e instaurou um procedimento criminal.
Relembre o caso
Lorenza morreu na capital mineira no dia 03 de abril e desde o dia 04, o promotor André Luiz, marido da vítima, está preso como suspeito da morte. Em entrevista à Record TV Minas, os filhos do casal saíram em defesa do pai e afirmaram que ele não teria coragem de tirar a vida da companheira. A família de Lorenza questionou a versão de engasgamento.
Com a prisão do pai, os cinco filhos do promotor e Lorenza, com idades entre 2 e 16 anos, estão sob a guarda de amigos da família. Por determinação da polícia, o corpo de Lorenza de Pinho passou 11 dias no Instituto Médico Legal e só foi liberado no dia 13 de abril para ser sepultado em Barbacena.
FONTE: G1 / R7