A 26ª edição da Mostra de Cinema de Tiradentes começa amanhã (20) e vai até o dia 28 de janeiro. Ao todo, serão exibidos 134 filmes e curtas em 57 sessões de cinema. Além de mesas de debate e sessões comentadas, onde todos esses filmes serão exibidos de forma inteiramente gratuita.
Para a coordenadora da Mostra, Raquel Hallak, é um desafio grande retornar à Mostra ao presencial após a pandemia, “dotar a cidade Tiradentes de toda a infraestrutura é difícil, mas, ao mesmo tempo, é um prazer muito grande poder ter uma troca presencial”.
A temática do festival esse ano é “Cinema Mutirão”, que é um conceito para abraçar as produções que são fruto do coletivo, em um contexto de esperança no período da pandemia. Foi a soma de esforços de vários profissionais que manteve as produções mesmo no período dramático da covid-19. “O cinema mutirão tem como proposta mostrar para o público que cinema não se faz sozinho. Que mesmo em um cenário de adversidade que vivemos nos últimos dois anos o cinema continuou sendo produzido”, explica Raquel.
O filme de abertura da Mostra é “Mugunzá”, da produtora Rosza Filmes. A produtora, fundada pelos cineastas mineiros Glenda Nicácio e Ary Rosa, é a homenageada da Mostra neste ano. “Todos os 6 filmes que essa produtora fez foram exibidos em primeira mão em Tiradentes. Então é um prazer poder reconhecer publicamente a carreira e a trajetória dessa dupla de cineastas”, conta Raquel.
O Festival conta também com filmes feitos nos últimos dois anos no Brasil, lançamentos de livros, teatro de rua, cortejo da arte, show de mágica e oficinas. “Além disso, a gente tem mostras temáticas e competitivas, e também contamos com a participação da equipe do filme para dialogar com o público”, complementa.
Hoje em dia, é possível assistir filmes a qualquer momento pelo celular, mas para Raquel, a experiência e a vivência do festival presencial têm muito mais troca e riqueza. “A proposta da Mostra é ser uma aliada do cinema brasileiro. Então, vamos estar sempre atentos naquilo que é preciso discutir, no que está sendo produzido, no que pode ser diferente e como o festival pode contribuir para o fomento do audiovisual brasileiro”, conclui.