Diversos deputados de diferentes legendas com assento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara articulam o lançamento da candidatura avulsa de Lafayette de Andrada (Republicanos-MG) para presidir o colegiado.
O objetivo é fazer frente à indicação da deputada Bia Kicis (PSL-DF) para o posto, debatida como parte de um acordo entre os partidos na Câmara. Bia é a atual vice-presidente da CCJ, e Andrada, o segundo-vice-presidente.
O G1 nesta quarta-feira (3) ouviu deputados de diversos partidos e espectros ideológicos, que demonstraram forte resistência ao nome de Bia Kicis, e ao fato de ela ser investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito dos atos antidemocráticos.
O presidente da Câmara, Arthut Lira (PP-AL) já está ciente da escolha da parlamentar. Até mesmo o PSL já foi avisado que, se não substituir o nome, corre o risco de sofrer derrota no plenário da comissão.
Mesmo que as indicações para as presidências das comissões sejam feitas mediante acordo, os nome precisam ser confirmados em votação nos próprios colegiados.
Bia Kicis se notabiliza por ser uma das mais fiéis defensoras do presidente Jair Bolsonaro. Na pandemia de Covid-19, ela tem se manifestado contra o uso de máscaras e medidas de isolamento social, recomendadas por autoridades sanitárias para conter o avanço da doença.
Fonte: G1