Quebrando referências

Toninho

As vítimas da pandemia são, inevitavelmente, os trabalhadores temporários e mal pagos, aqueles que vivem da informalidade, os que não têm trabalho e vivem nas áreas mais precárias das grandes cidades brasileiras.Nos bairros populares, conjuntos habitacionais e favelas as condições de habitação e infraestruturas são precárias, e faltam equipamentos urbanos básicos e serviços mínimos.

Segundo relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD, de 2019, o Brasil é o sétimo país do mundo com a maior desigualdade social. O cenário parece trágico: desemprego alto, trabalho precário, salário insuficiente, desindustrialização, sem oferta de educação e saúde em níveis aceitáveis.

Em meio a tantas incertezas, uma certeza: enquanto esses padrões de desigualdade persistem e a vacinação patinar (apenas 12% da população foram imunizados com duas doses), são os trabalhadores, suas famílias e comunidades que sucumbem ao Covid19.

O Brasil se tornou um laboratório de um experimento negacionista neoliberal, direitista radical e truculento. É necessário quebrar estes referenciais das desigualdades e do negacionismo antes que eles nos quebrem como nação!