Saiba os riscos do uso de cigarro eletrônico e narguilé

Especialistas em doenças respiratórias alertam para os perigos relacionados ao uso de dispositivos eletrônicos para fumar, também conhecidos como cigarros eletrônicos ou vaporizadores. Envoltos em um design moderno, eles possuem diferentes cores, sabores e aromas.

Apesar de parecerem menos prejudiciais que o cigarro tradicional, especialistas alertam que eles oferecem riscos iguais ou até mesmo piores à saúde. O pneumologista Rodrigo Russo explicou que o uso de cigarro eletrônico aumenta em mais de três vezes o risco de experimentação do cigarro normal.

“Os cigarros eletrônicos expõem o organismo a uma variedade de elementos químicos. Alguns produtos contidos no vapor do cigarro eletrônico podem causar doenças pulmonares, cardiovasculares e aumentam a chance de câncer”, alerta.

O médico alertou ainda para uma doença denominada de Evali, uma lesão pulmonar associada ao uso de cigarro eletrônico. “Essa doença levou inúmeros indivíduos à insuficiência respiratória com necessidade de internação e ventilação mecânica nos Estados Unidos.”

O uso do narguilé também virou moda. O sabor das essências misturado ao fumo e as cores passa a imagem de um produto inofensivo. Mas o médico pneumologista Frederico Fernandes faz um alerta: uma sessão de narguilé equivale a até 100 cigarros convencionais. “O fumo do narguilé leva a diversos tipos de câncer como no pulmão, rins e bexiga e principalmente na cavidade oral.”

Apesar da comercialização, importação e propaganda, o cigarro eletrônico é proibido no Brasil pela agência nacional de vigilância sanitária. Em Minas Gerais, pontos de venda de cigarros eletrônicos podem ser denunciados anonimamente por qualquer cidadão por meio do Disque Denúncia Unificado (DDU) 181.