Você já sofreu ou sofre com insônia? É cada vez maior o número de pessoas que têm dificuldade de dormir tranquilamente. Com o turbilhão de atividades e todos os estímulos que recebemos a todo momento, a insônia pode falar mais alto e atrapalhar a nossa rotina noturna e diurna, com suas consequências no cotidiano.
As causas da insônia podem ser biológicas ou por fatores físicos e psicológicos. Segundo Denis Gualberto, neurologista do Santa Saúde, esse é um transtorno causado pela dificuldade de iniciar o sono e a pessoa geralmente leva mais do que 30 minutos para começar a dormir. “Há ainda a dificuldade em manter o sono ou insatisfação, quando o sono não é reparador, o que resulta em sintomas diurnos físicos e emocionais, dentre eles há as alterações de humor, ansiedade, irritabilidade e dificuldade de concentração e memorização. A insônia pode ser aguda, quando dura menos do que quatro semanas ou crônica, que tende a se desenvolver por meses, anos ou por toda a vida do indivíduo.”
O médico explica que as insônias podem estar associadas a depressão, ansiedade generalizada, higiene do sono inadequada, condições médicas como doenças cardiológicas, pulmonares, reumatológicas, ortopédicas e o uso de substâncias e medicamentos. “Vale destacar que há ainda as insônias ditas ‘primárias’. São aquelas que não identificamos um agente causador preponderante. Geralmente, esse tipo de insônia começa na infância e adolescência e persiste durante longos anos na vida do indivíduo tendo muitas vezes uma história familiar”, alerta.
Em relação aos tratamentos, o neurologista afirma que eles podem ser desde psicológicos até o uso de medicações. Mas, segundo ele, algumas ações podem contribuir para que ela amenize ou até mesmo, suma. “O ideal é dormir em um quarto confortável, com temperatura agradável, sem ruídos e, principalmente, organizado. É necessário estabelecer horário regular de sono tanto para ir dormir quanto para acordar. Além disso, não se deve passar o dia preocupando-se com a hora de dormir e durante a noite, não fique controlando o passar das horas no relógio.”
Por fim, ele explica ser necessário evitar o uso de estimulantes como café, cigarro, chocolate e álcool próximo a hora de dormir. “Vale ressaltar a necessidade de consumir comidas leves e evitar o excesso de líquido antes de dormir. Além disso, realizar atividades físicas regularmente, de preferência no horário da manhã, ou, no máximo, até as 16h”, orienta.
Fonte: Correio da Serra / Jornalismo 93 FM