Santa Dica: médico explica as principais características da enxaqueca

Quem já teve uma crise de enxaqueca dificilmente esquece: a dor costuma ser tão intensa e incapacitante que atrapalha bastante a rotina. A estimativa é de que mais 40 milhões de brasileiros, com idade entre 25 e 50 anos, sofrem com enxaqueca. 

O neurologista do Santa Saúde, Filipe Milagres explica que a enxaqueca é uma doença complexa e com componente genético, familiar e hereditário muito forte. Ela acomete de 12 a 15% da população no geral e é mais frequente em mulheres do que em homens. Os principais sintomas da enxaqueca são as dores de cabeça, que geralmente são intensas. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a enxaqueca é uma das doenças mais incapacitantes que se tem conhecimento. 

Em relação às dores, o médico explica que elas podem limitar até mesmo as atividades diárias. “Normalmente é uma dor unilateral e piora com o movimento como agachar, subir escadas. Além disso, ela é pulsátil e latejante. Uma característica peculiar da enxaqueca é uma piora da dor em ambientes com luminosidade. O barulho também pode piorar as dores. Habitualmente, as náuseas e vômitos acompanham as dores da enxaqueca. Algumas pessoas podem manifestar aura de enxaqueca, que são sintomas visuais, que duram entre cinco e 60 minutos, antecedendo a dor ou durante a dor de cabeça”, conta. 

Já sobre o tratamento, o neurologista afirma que diversas ações podem ser feitas. A primeira é utilizar medicamentos para tratar o momento da dor e o dia da crise. O médico recomenda que eles sejam utilizados logo nos primeiros momentos da dor e não esperar que ela fique forte. “Há ainda o tratamento visando a profilaxia da dor, ou seja, a intenção é que as dores não recorram com frequência e estabilizem o quadro. Por fim, o tratamento comportamental também é importante. Quem tem enxaqueca deve incorporar a atividade física aeróbica, evitar gatilhos de dor de cabeça que podem ser alimentares, com bebida ou uma comida gordurosa. Vai depender de pessoa para pessoa. Importante também ter noites de sono bem dormidas e evitar o estresse e a ansiedade.” 

Por fim, Felipe explica que a recomendação é evitar a automedicação e procurar um médico para um tratamento correto. 

Fonte: Correio da Serra / Jornalismo 93 FM