Santa Dica: pediatra fala sobre os desafios da prematuridade, um problema mundial

A prematuridade é um problema que atinge 15 milhões de crianças todos os anos ao redor do mundo. No Brasil, mais de 12% dos nascimentos acontecem antes da gestação completar 37 semanas. Isso significa que 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, o equivalente a 931 por dia. 

Em 2021, até dia 31 de outubro, em Barbacena foram assistidos na UTI Neonatal da Santa Casa, 212 bebês prematuros. Até o encerramento desta matéria, 6 bebês encontravam-se na unidade de UTI Neonatal; sendo que o menor prematuro em internação é uma menina que nasceu com idade gestacional de apenas 25 semanas, pesando 715 gramas.

É considerado um bebê em idade gestacional de prematuridade, aqueles que ao nascer, antecedem a vinda ao mundo antes de 37 semanas de gestação. Se o nascimento ocorre antes das 28 semanas ele é um prematuro considerado de prematuridade extrema.

O pediatra da Santa Casa de Barbacena, Humberto Braga, comenta que o número é expressivo. Segundo ele, os bebês nascem prematuros por uma infinidade de motivos. “Por exemplo, infecções urinárias, tabagismo, alcoolismo e uso de drogas pela mãe, hipertensão e diabetes. Porém, o fator que mais contribui é a ausência de um pré-natal adequado”, explica. 

O médico informa ainda que os principais problemas da prematuridade estão ligados a imaturidade do sistema orgânico do bebê, como por exemplo os pulmões, por isso é necessário um cuidado especializado. “Para que a prematuridade possa ser prevenida é necessário um pré-natal de qualidade, em que as comorbidades e eventuais doenças das mães são identificadas e tratadas de maneira adequada. Porém, infelizmente, mesmo com o pré natal, muitos bebês acabam nascendo prematuros.”

Para os bebês que nascem prematuros, a UTI Neonatal é o local em que recebe todo o suporte intensivo. “Cada bebê vai ter suas necessidades individualizadas de acordo com sua condição inicial. É importante frisar que em Barbacena nós temos a Enfermaria Canguru que é o primeiro local que os prematuros vão após a alta na UTI”, afirma. 

Fonte: Correio da Serra