O neurocirurgião Carlos Eduardo Amaral assumiu a Secretaria de Saúde de Minas Gerais num momento em que o estado enfrenta grave crise fiscal e tem conduzido a pasta no enfrentamento a uma pandemia que impõe desafio mundial. Morando longe da família, instalada em Juiz de Fora, na Zona da Mata, ele acredita que o esforço é recompensado, quando confere o cenário dos indicadores da doença respiratória no estado. Vivendo há 10 meses num hotel de Belo Horizonte, destaca que Minas tem a menor taxa de mortalidade do país medida por grupo de 100 mil habitantes.
Carlos Eduardo Amaral não avalia como erro da gestão o fato de o governo estadual ter erguido e fechado um hospital de campanha em Belo Horizonte (no centro de convenções Expominas), sem atender um único paciente depois de terem sido investidos R$ 2 milhões na estrutura da unidade. “A montagem do hospital de campanha em Belo Horizonte, naquele momento, foi uma das ações mais acertadas do governo de Minas”. Ele compara o empreendimento a “um seguro sem ter um sinistro”.
Ele acompanhou o governador Romeu Zema no lançamento do Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a COVID-19, em Brasília, e diz estar confiante num programa brasileiro de imunização, que levantou críticas por ter sido lançado sem cronograma. “Essa vacinação deve começar entre janeiro e fevereiro. O que vai demandar o tamanho da campanha de vacinação será a capacidade produtiva dos laboratórios que estiverem produzindo a vacina ou no Brasil ou no mundo, caso seja necessário importar vacina.”
Em entrevista para o Jornal Estado de Minas, o secretário disse que a vacinação deve começar entre janeiro e fevereiro. “O que vai demandar o tamanho da campanha de vacinação será a capacidade produtiva dos laboratórios que estiverem produzindo a vacina ou no Brasil ou no mundo, caso seja necessário importar o imunizante. Será uma campanha de vacinação longa. Será uma campanha de vacinação para o ano inteiro. É fundamental que o cidadão entenda que nós teremos vários grupos, que serão vacinados à medida que tivermos a vacina”, disse.
“Não há vacina no mundo para vacinar a população mundial toda de uma vez. Esse tipo de visão é equivocado. O que vai acontecer é que as indústrias vão produzindo a vacina progressivamente e distribuindo para onde serão usadas. Nesse contexto, teremos várias campanhas de vacinação no mundo inteiro e, no Brasil, não será diferente.”, concluiu.
Fonte: Estado de Minas