O segmento de eventos e feiras, um dos mais prejudicados pela pandemia de covid-19, já vê sinais positivos, com retomada de emprego e da atividade ainda neste ano e previsão de aceleração, em 2022. Segundo entidades setoriais, as medidas preventivas contra o novo coronavírus chegaram a atingir 97% deste setor que é responsável por 4,32% do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país).
De acordo com a Associação Brasileira dos Promotores de Eventos (Abrape), esta área permite movimentação anual de R$ 270 bilhões, nas mais de 590 mil atividades que promove a cada ano no país.
“Com a paralisação que atingiu 97% do setor em 2020, cerca de 350 mil eventos foram cancelados e o ramo deixou de faturar, ao menos, R$ 90 bilhões. Em 2021, mais de 530 mil eventos deixaram de ser realizados”, disse o presidente da Abrape, Doreni Caramori Júnior, referindo-se a eventos como shows, festas, congressos, rodeios, teatro, eventos esportivos e sociais.
Segundo ele, o mercado de eventos estava “pujante” até o início da pandemia, e era responsável por cerca de 23 milhões de empregos. Desde a chegada da covid-19, o setor deixou de faturar, só em 2021, pelo menos R$ 140 bilhões e demitiu cerca de 450 mil pessoas. “Nosso setor movimenta, anualmente, R$ 4,65 bilhões em impostos federais, R$ 75,4 bilhões em consumo e R$ 2,97 bilhões em massa salarial”.
O presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Brasil), Fátima Facuri, disse que o setor representado pela entidade (feiras e eventos corporativos) movimentou, em 2019, 4,75% do PIB e gerou 13 milhões de empregos. “Se considerarmos toda cadeia de serviços, o que inclui sonorização, montadoras e 53 setores que atuam em eventos, nossa movimentação beira R$ 1 trilhão”, explicou.
O presidente da União Brasileira de Feiras e Eventos de Negócios (Ubrafe), Abdala Jamil Abdala, estima que ao longo de 18 meses de paralisação, “mais de R$ 1,5 trilhão não foram gerados em volume de negócios sem a realização de feiras e eventos”.
Fonte: Agência Brasil