Tirar carteira de motorista deve ficar mais caro; entenda as razões

Depois de passarem por um período de muito “abre e fecha” por conta das restrições da Covi-19, as autoescolas de Minas Gerais estão observando, só agora, a normalização da demanda de pessoas querendo obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). No entanto, por conta da economia brasileira, os valores para retirar habilitação devem ficar mais caros a partir deste ano. 

Segundo Starling William, proprietário da Auto Escola Hérica, o que mais onerou nos preços aplicados pelas auto escolas foram as taxas cobradas pelo estado. “Hoje em dia a habilitação realmente não tem preço acessível pois geram vários custos. Foi amplamente divulgado que a habilitação ficou mais cara, mas na realidade, o que aconteceu foi que as taxas do estado tiveram um reajuste de 20,96%. Para uma primeira habilitação, são quatro as taxas recolhidas e foi exatamente nessas taxas que houve aumento. Porque, na verdade, as autoescolas continuam praticando os preços de antes da pandemia, sem nenhum reajuste. Vale lembrar também que a gasolina, como todo mundo sabe, está sendo reajustada toda semana e as peças e os valores dos veículos também tiveram reajuste”, explica. 

O presidente do Sindicato dos Proprietários de Centros de Formação de Condutores de Minas Gerais, Alessandro Dias, afirma que as autoescolas do Estado têm sofrido desde o início da pandemia. Segundo ele, em 2021 houve uma melhora na procura por habilitações porém ainda com oscilações. “Agora a gente inicia 2022 com uma expectativa, até frustrada, primeiro porque nós temos um novo cenário preocupante de covid e segundo devido ao reajuste que foi aplicado. Isso nos gera uma grande dúvida de como os clientes irão buscar por esses serviços dentro dessas novas condições de valores que as autoescolas terão que repassar a seus alunos.”

Alessandro afirma que apesar dos altos valores, as autoescolas estão buscando todas as medidas para dar condições às pessoas que querem se habilitar. “Para isso, elas têm buscado parcelamentos e novas alternativas de pagamentos”, conclui.