A vitória por 3 a 0 em cima da URT, na estreia do Atlético no Campeonato Mineiro 2021, marcou a despedida do goleiro Victor, um dos maiores ídolos da história do Galo. Desde antes da partida, o clube homenageou o jogador. No jogo, todos os atletas usaram o nome dele estampado na camisa e, após a partida, o Atlético reproduziu um vídeo no telão do Mineirão com homenagens ao goleiro.
A despedida do goleiro não teve público no estádio, por conta da pandemia. O jogador lamentou a falta da torcida nas arquibancadas do Mineirão. “Eu diria para o torcedor que tô com saudade. Que eu gostaria de ver o Mineirão pulsando para encerrar com chave de ouro esse ciclo, mas a gente entende que são sacrifícios que a gente fez nessa pandemia, mas tenho certeza que o torcedor estava em casa apoiando, torcendo, mandando as boas vibrações e acima de tudo agradecendo a tudo que a gente viveu nesses quase nove anos de trabalho aqui no Atlético Mineiro. Obrigada por tudo. Não é o fim de um ciclo. É apenas uma mudança de página. Não é um adeus. É só um até logo”, comentou o goleiro.
Victor chegou ao Atlético em 2012, na gestão de Alexandre Kalil. O goleiro veio com a missão de salvar o gol do Galo, que não vinha tendo bons nomes na posição. Foi em maio de 2013 que a história com a massa atleticana mudou. A memorável defesa com os pés na cobrança de pênalti no jogo contra o Tijuana, pela Libertadores, colocou o nome do goleiro de vez na história do Atlético.
Em quase nove anos no clube, o goleiro disputou 424 jogos, com 205 vitórias, 109 empates e 110 derrotas. Foi campeão mineiro quatro vezes (2013, 2015, 2017 e 2020), campeão e herói na conquista da Libertadores (2013), campeão da Copa do Brasil e da Recopa Sul-Americana (2014).
Com mais de 400 partidas, Victor se tornou o décimo jogador com mais jogos pelo clube e o atleta que mais entrou em campo pelo Galo na Libertadores. O goleiro de 1,93m se tornou ainda maior nas cobranças de pênaltis. “Fechou” o gol em 20 cobranças. A mais significativa foi a de 2013 contra o Tijuana, mas a cobrança decisiva na final da Libertadores contra o Olimpia também ficou marcada na memória da torcida.
Em 2020, com a chegada dos goleiros Rafael e Everson, Victor perdeu a titularidade e ficou como terceira alternativa na posição. A última partida que o ídolo entrou em campo – antes da despedida – foi pelo Brasileirão, em 2020, após a expulsão de Rafael.
Fonte: O Tempo