Até ano que vem sete unidades de conservação ambiental administradas pelo governo de Minas serão de responsabilidade da iniciativa privada. Elas foram incluídas no Programa de Estruturação de Concessões de Parques Estaduais, lançado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) no fim do ano passado.
De acordo com o BNDES, a intenção é incentivar o turismo local no estado e também reduzir os custos gastos pelo governo do estado com a manutenção dos parques. A expectativa é de que, por meio de parceiros, os investimentos possam ser maiores nas estruturas.
A previsão é que sejam revitalizados os parques estaduais Rio Doce, Itacolomi, Serra do Rola Moça, Ibitipoca, Rio Preto, Biri Biri e Pico do Itambé. Em todo o país, serão 26 unidades a serem concedidos à iniciativa privada. Atualmente, o país conta com 13 parques administrados por concessionários.
A fase de estudos de viabilidade técnica possuem prazo estimado de conclusão para junho deste ano, e deles sairão os modelos de negócios para cada um dos parques mineiros que seguirão para decisão do Estado de Minas Gerais. Os leilões e a definição dos concessionários têm previsão de ocorre no primeiro trimestre de 2022.
“Quando o concessionário faz uma série de investimentos no parque, melhorando a estrutura e criando novos atrativos, naturalmente vai ampliar o fluxo de visitantes. É uma diretriz do programa. Isso gera um impacto na economia local. Há uma tendência, fruto da própria pandemia, que é a valorização do turismo local. As pessoas deixam de ir para o exterior e olham um pouco para dentro de casa. Isso gera aumento de arrecadação para o município e para o estado”, prevê Pedro Bruno Barros, Superintendente de Relacionamento e Governo do BNDES, em entrevista ao Estado de Minas.
Sustentabilidade
Outro objetivo da parceria é conciliar desenvolvimento com sustentabilidade. “Somos privilegiados de contar com mais de 400 parques naturais. Somos considerados pelo Fórum Econômico Mundial como o segundo país do mundo em termos de atrativos naturais. A premissa básica é preservar essas áreas. O segundo pilar é o fomento ao turismo sustentável. A grande maioria dos parques não conta com estrutura adequada. Os estados e o governo federal estão numa situação complicada, porque faltam recursos para cuidar da estrutura desses parques. Quando trazemos um parceiro privado, esse contrato prevê que o parceiro faça uma série de investimentos, que começa pela melhoria da infraestrutura”, destaca Pedro.
Fonte: Estado de Minas