O Instituto Butantan avançou no desenvolvimento de sua própria vacina contra a Covid-19, e pedirá autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar testes clínicos com voluntários.
A nova candidata a vacina será chamada de “Butanvac”, e o objetivo é ter 40 milhões de doses prontas até o fim deste ano.
O pedido de autorização se refere às fases 1 e 2 de testes da vacina, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1.800 voluntários. Na fase 3, até 9.000 pessoas irão participar e a etapa vai estipular a eficácia.
Atualmente, o instituto envasa a Coronavac, com insumos vindo da China. A partir do segundo semestre, o Butantan dever nacionalizar a fabricação. No Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) envasa a vacina de Oxford, também com insumos enviados pelos chineses.
O desenvolvimento da Butanvac não irá alterar o cronograma da Coronavac.
O Brasil tem, ao menos, 11 projetos de candidatas à vacina contra a Covid-19, de acordo com levantamentos. Todos estão sendo desenvolvidos em universidades e instituições de pesquisa públicas do país.
Instituto Butantan (SP): 3 projetos + 1. Este último é desenvolvido em parceria com a Fiocruz em Minas Gerais, a UFMG e o Instituto de Ciência e Tecnologia de Vacinas (INCTV), também em Minas. Também tem participação do Instituto de Ciências Biomédicas e da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, ambos ligados à USP.
Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP: 3 projetos
Fiocruz/Manguinhos (RJ): 2 projetos
Universidade Federal do Paraná (UFPR): 1 projeto
Instituto do Coração (Incor) da USP: 1 projeto
Fonte: G1