A Polícia Federal indiciou 19 pessoas e duas empresas, a Vale e a TÜV SÜD, no inquérito que investiga o rompimento da barragem da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, que deixou 270 pessoas mortas em janeiro de 2019. A informação foi confirmada pelo delegado Cristiano Campidelli.
As pessoas físicas foram indiciadas por homicídio doloso, duplamente qualificado pelo emprego de meio que resultou em perigo comum e de recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima, por 270 vezes.
Também foram indiciadas: a Vale, responsável pela barragem, e a TÜV SÜD, responsável pela auditoria da estrutura, por crimes ambientais de poluição e contra a fauna terrestre e aquática, a flora, os recursos hídricos, unidades de conservação e sítios arqueológicos, além do crime de apresentação de declaração falsa perante a Agência Nacional de Mineração (ANM).
Segundo a PF, os indiciados são consultores, engenheiros, gerentes e diretores. Foi perguntado o nome e função de cada um deles mas, até o momento, isso não foi informado. O inquérito policial segue agora para o Ministério Público Federal (MPF). O órgão aguardava a conclusão das investigações para se manifestar, e cabe a ele oferecer ou não denúncia contra os indiciados.
Em nota, o MPF afirmou que, “enquanto aguarda o julgamento do recurso interposto contra a decisão do STJ que definiu a competência da Justiça Federal para o julgamento das questões criminais”, vai “analisar o inquérito concluído pela PF, em conjunto com as demais evidências obtidas no decorrer das investigações”.
Fonte: G1